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Cinema

O filme 5 x Favela – Agora por Nós Mesmos, de Cacá Diegues, venceu neste sábado o prêmio do público do 19° Festival de Biarritz, na França. O prêmio de interpretação feminina foi coletivo, entregue a Nanda Costa, Amanda Diniz e Kika Farias, do filme Sonhos Roubados, de Sandra Werneck. 5 x Favela – Agora por Nós Mesmos reúne cinco curta-metragens, de 20 minutos cada, que se desenvolvem nas favelas do Rio de Janeiro. O filme foi exibido este ano no Festival de Cannes, fora da competição, e dá voz ao ponto de vista de cinco jovens que cresceram e vivem nas favelas do Rio.
Mas o vencedor do Grande Prêmio El Abrazo do Festival de Biarritz foi o filme mexicano Revolución, uma interpretação crítica da revolução de 1910 realizada por dez cineastas. O filme vencedor, que recebeu também o prêmio da crítica francesa, é um compêndio de dez curtas dirigidos por Carlos Reygadas, Amat Escalante, Gael García Bernal, Diego Luna, Mariana Chenillo, Patricia Riggen, Fernando Eimbcke, Rodrigo García, Gerardo Naranjo e Rodrigo Plá, que dão sua visão pessoal à revolução mexicana.
No ano passado, o Festival de Cinema e Cultura da América Latina também premiou o México, ao coroar como melhor longa-metragem Cinco Días sin Nora, de Mariana Chenillo, uma das realizadoras de Revolución. O filme boliviano Zona Sur, no qual o cineasta Juan Carlos Valdivia narra uma Bolívia em transição, através da decadência de uma família de classe alta, ganhou o Prêmio do Júri, presisido pelo diretor francês Patrick Chesnais e do qual fizeram parte o escritor chileno Luis Sepúlveda e a atriz argentina Martina García.
O prêmio de melhor ator foi para o argentino Osmar Núñez, protagonista de La Mirada Invisible, de Diego Lerman, um retrato obscuro e dramático da ditadura argentina. O prêmio El Abrazo de melhor curta-metragem foi para Los Minutos, las Horas, uma produção da escola de cinema San Antonio de los Baños, de Cuba, que foi filmado por uma de seus estudantes, a brasileira Janaína Marquez Ribeiro. O El Abraço de melhor documentário ficou com a também brasileira Flávia Castro, de Diário de Uma Busca, que tenta retratar a vida e a morte de um militante de esquerda dos anos 1960 no Brasil.
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